Fechar
Página inicial Galeria de imagens Tratado de Passarowitz (1718)

Tratado de Passarowitz (1718)

Assinado na cidade de Passarowitz (atual Sérvia), entre o Império Otomano, o Império Austríaco e a República de Veneza, o tratado determinou a perda de territórios otomanos para a Áustria – parte das atuais Romênia, Sérvia e Bósnia –, enquanto Veneza renunciava a seu controle sob maior parte da Grécia, continental e insular, que passou para domínio otomano. Esse tratado representou o período de expansão máxima do império dos Habsburgos, família real que governou a Áustria do final do século XIII até 1918. O poder da casa dos Habsburgos desenvolveu-se a partir da eleição de Rodolfo como rei do Sacro Império Romano-Germânico em 1273, tendo também assumido o controle da Áustria e da Estíria, que se tornaram o centro do poder da família. No século XVI, a Casa de Áustria torna-se proeminente com a ascensão ao trono de Castela e Aragão por Carlos Habsburgo em 1516. Reuniu, sob o domínio da família, o Império Romano Germânico, a Hungria, a Boêmia, Borgonha, Nápoles, Sardenha, Sicília, os Países Baixos, a Espanha e seus domínios na América. O poderia dos Habsburgo cresceria a ponto de dominar mais da metade da Europa. Na fronteira oriental, o Império Otomano ameaçava sua hegemonia, o avanço dos “infiéis” no continente tinha como resistência e primeira linha de defesa o império Austríaco, provocando inúmeras disputas territoriais. Em 1716, a Áustria envolve-se na guerra turco-veneziana, iniciada pelos otomanos que tentavam recuperar o controle de territórios no mar Egeu. Uma série de derrotas para o exército austríaco obrigou o Império Otomano a assinar o tratado de Passarowitz, pondo fim à guerra. Para além de questões territoriais e militares, o tratado também foi um acordo de comércio, que regulamentou as relações entre o Sacro Império e o Império Otomano. Em seu primeiro artigo, estendia a liberdade comercial estabelecida entre os dois impérios aos súditos dos Habsburgos nos territórios italianos e espanhóis, e dos territórios futuramente conquistados pelo imperador cristão. Também estabelecia algumas situações em que comerciantes do Sacro Império teriam preferência em relação aos de outras nações, além de taxas e impostos a serem pagos.