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Praça do comércio

Planta da praça do Comércio. Praia do Peixe. [Rio de Janeiro], 1812. Proveniência Desconhecida. BR RJANRIO F2.MAP.136

Espaço ocupado por comerciantes para fazer negócios. Se a origem da ideia está no espaço físico da “praça” como um local público e amplo de reunião de diversos negociantes como uma feira, há um significado moderno que implica não somente o espaço livre, um rocio, mas as construções ao redor dele, onde se concentram bancos, casas de seguro, navegação e outras instituições e órgãos ligados ao comércio de grande monta, tendo como exemplo a Praça do Comércio de Lisboa, construída posteriormente ao terremoto de 1755. No caso do Rio de Janeiro joanino, a Praça do Comércio foi um grande edifício erguido em junho 1819 às margens da baía da Guanabara, próximo à igreja da Candelária, e inaugurado em maio de 1820. O projeto fora do arquiteto francês Grandjean Montigny, vindo para o Brasil integrando a missão artística francesa. Segundo a historiadora Ângela Teles em Grandjean De Montigny: da arquitetura revolucionária à civilização nos trópicos (Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2008), a Praça do Comércio seria, para d. João VI, o “símbolo do projeto político e civilizatório que se pretendia construir na América portuguesa”. O belo prédio em estilo neoclássico abrigou a praça de comércio, também chamada “bolsa” do comércio, durante pouco tempo, até o início das agitações políticas em torno da revolução liberal do Porto e do retorno da Corte portuguesa, que levariam à invasão da praça por tropas e à morte de partidários do liberalismo. Nessa ocasião, em 1821, fora fechado e reabriu somente em 1824, pós independência, como alfândega, funcionando assim até meados do século XX. Na década de 1990 o edifício se tornou um importante centro cultural da cidade, chamado hoje, Casa França-Brasil.