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Urucum (Bixa Orellana)

Substância tintorial de cor avermelhada extraída do fruto do urucuzeiro, planta da família das Bixacéas. Utilizada pelos índios para tingir objetos cerâmicos e para pintura corporal, apresenta ação repelente contra insetos e proteção solar quando misturado a óleos de origem vegetal ou animal. Desde os primeiros contatos entre portugueses e índios, o urucum tinha valor de troca no escambo. Pero Vaz de Caminha, em sua carta ao rei português d. Manuel, ao comunicar a descoberta de terras além-mar em 1500, diz em certo trecho: “Alguns traziam uns ouriços verdes, de árvores, que, na cor, queriam parecer de castanheiros, embora menores. E eram cheios duns grãos vermelhos pequenos, que, esmagando-os entre os dedos, faziam tintura muito vermelha, de que eles andavam tintos. E quanto mais se molhavam, tanto mais vermelhos ficavam”. Logo os portugueses e colonos passariam a adotar esse corante em sua culinária. A semente moída do urucum ganharia o nome de colorau, em referência a uma especiaria portuguesa de mesmo nome feita com pimentão vermelho. As sementes de urucum têm sido utilizadas no tratamento das mais variadas moléstias como anti-inflamatório, antimalárico, cardiotônico, digestivo, estomáquico, expectorante, febrífugo, hipotensivo, laxativo, no tratamento de queimadura, como repelente de inseto e no combate à tosse.

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