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Albuquerque, Francisco de Paula Cavalcanti (17??-1821)

Nascido em Pernambuco, foi proprietário do engenho Suassuna, além de ocupar o posto de capitão-mor de Olinda. Integrou o Areópago de Itambé, a primeira sociedade secreta de adeptos da maçonaria, criada pelo padre Arruda Câmara, que difundiu as ideias liberais da Revolução Pernambucana de 1817. Em 1801, foi denunciado por participar de uma conspiração (chamada de Suassuna em referência ao seu engenho ou de Conjuração dos Cavalcanti) que visava conseguir o apoio de Napoleão Bonaparte para a formação de uma República no Brasil sob seu protetorado. Foi acusado, junto a seus dois irmãos, Luís Francisco de Paula e José Francisco de Paula, e preso. Posteriormente foi inocentado na sentença por falta de provas: o escrivão desembargador José Francisco Maciel Monteiro teria sido subornado por uma quantia de quatro mil réis para sonegar um documento incriminatório do processo. Após o fim do Areópago, continuou engajado no movimento, criando a Academia dos Suassunas no engenho homônimo, que retomava a difusão de ideias revolucionárias. Com a tomada do poder pelo movimento de 1817, foi nomeado pelo governo provisório general de divisão, tornando-se um dos líderes da tropa rebelde, ao lado de Domingos Teotônio Jorge, com o qual entrou em conflito por conta de diferentes concepções acerca dos propósitos da revolução. Em virtude da derrota da rebelião, foi preso nos cárceres da Bahia, permanecendo ali até 1821, quando foi anistiado. Morreu em junho do mesmo ano, oito dias depois de voltar a Pernambuco.